Incríveis pinturas em perspectiva

Compreensão da Perspectiva

 

O conhecimento sobre perspectiva de observação, também denominada de cônica ou linear, é indispensável para quem pretende desenhar corretamente a aparência de volume dos objetos, profundidade e espaço de ambientes ou paisagens e todo tipo de esquemas gráficos que busquem reproduzir as características tridimensionais da realidade.

1.1. Definição de perspectiva:

No desenho artístico a perspectiva pode ser definida como um recurso gráfico que utiliza o efeito visual de linhas convergentes para criar a ilusão de tridimensionalidade do espaço e das formas quando estas são representadas sobre uma superfície plana como a do papel de desenho.
 

1.2. O efeito visual das linhas convergentes:

Para compreender como ocorre a influência das linhas convergentes na representação gráfica em perspectiva, observe o exemplo ilustrativo do cubo a esquerda. A aplicação das linhas pontilhadas 12 e 3 convergentes para o pontoP constroem as arestas de suas faces A e Bcausando afunilamento a medida que se distanciam do primeiro plano, gerando um efeito visual de volume. Reproduzindo com isso as características que são próprias da perspectiva.
 

1.3. Cômoda em perspectiva:

Enquanto exemplo de representação gráfica de objetos com o uso das linhas convergentes,temos à direita uma cômoda simulando a mesma posição e situação do cubo. Note que na sua face frontal os detalhes das gavetas são desenhados normalmente como são observados, sem o uso da perspectiva. Somente as faces superior e lateral direita seguem as linhas convergentes nos convencendo da aparência de tridimensionalidade. 
 

 

 

1.4. Ambiente em perspectiva:

O mesmo esquema gráfico com linhas convergentes deslocando-se para um ponto pode ser aplicado em qualquer tipo de desenho. No exemplo do ambiente abaixo elas são as responsáveis pela sensação de espaço existente entre o primeiro e o último plano dando efeito de profundidade.


 

As linhas que representam as arestas dos objetos, citadas como convergentes, tecnicamente no estudo da perspectiva são denominadas de linhas de fuga. Elas fazem parte de um conjunto de recursos gráficos classificados como elementos da perspectiva, indispensáveis na construção esquemática de formas e do espaço imitando a percepção visual do olho humano.
 

Medicina Renascentista

O Renascimento foi um grande período de crescimento intelectual e desenvolvimento artístico na Europa. Como parte dele, os cientistas e pensadores começaram a se descolar das visões tradicionais que regiam a medicina, tanto no oriente quanto no ocidente. O foco dos tratamentos deixou de ser um equilíbrio natural de ordem divina. O conhecimento avançou através do método científico — pela condução de experimentos, coleta de observações, conclusões. As informações eram disseminadas por meio de uma importante nova tecnologia — a impressão. As raízes da medicina científica estavam estabelecidas.

Em 1543 Andreas Vesalius (1514-64), professor da Universidade de Pádua, publicou um texto ricamente ilustrado sobre anatomia. Com conhecimentos baseados na extensiva dissecação de cadáveres humanos, ele apresentou a primeira descrição amplamente precisa do corpo humano. Anatomistas posteriores em Pádua incluíram Gabriele Falloppio (1523-62), que descreveu os órgãos reprodutores femininos, dando seu nome às tubas de Falópio, e Girolamo Fabrizio (1537-1619), que identificou as válvulas do coração.

Ciência Renascentista


O estudo da anatomia humana foi um dos grandes avanços da ciência renascentista.

Durante o Renascimento, observamos que a troca de conhecimento não possibilitou somente o desenvolvimento de novas formas de arte. De fato, uma considerável parcela dos nomes dessa época esteve envolvida no desenvolvimento de estudos relacionados ao homem e à natureza. Podemos assim ver, que esse período também fora marcado por um “renascimento científico”, onde vários campos do conhecimento como a astronomia, a matemática, a física e a medicina avançaram.

Em geral, os cientistas dessa época organizavam suas pesquisas através de observações e experimentos capazes de suscitarem novas questões científicas e elaborar outras formas de conhecimento. Historicamente, essa nova atitude com relação ao mundo estabelecia um grande marco na produção do saber. Afinal, através da razão, os homens desse tempo rompiam com o monopólio de conhecimento exercido pela Igreja ao longo da Idade Média.

Estrutura Renascentista

O Renascimento iniciou-se na Itália, particularmente em Florença, e foi precedido por uma fase de transição, que, pelos fins do século XIII, já paulatinamente ia substituíndo a arte gótica. Foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII. Os principais traços do renascimento foram a imitação das formas clássicas da antiguidade greco-romana e a preocupação com a vida profana, o humanismo e o indivíduo.

O fiorentino Filippo Brunelleschi (1377-1446) foi quem apresentou a nova concepção renascentista na arquitetura. Ele assimilara, durante longo tempo, as formas clássicas e góticas e adaptara-as à sua época, edificando as igrejas do Espírito Santo, de São Lourenço e a cúpula da Catedral de Santa del Fiore, em Florença. Contudo, não foi na época de Brunelleschi que a arquitetura renascentista atingiu seu ponto culminante, foi um pouco mais tarde, na primeira metade do século XVI. Também não foi em Florença, onde nascera, mas em Roma, que atingiu a sua plenitude.

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pinturas renascentistas

Na antiguidade a pintura era vista como um ofício, o que era comum em todas as artes. Os mestres pintores recebiam encomendas importantes e tinham de executar quadros num tempo limitado, com conteúdos pré-definidos e destinados a um fim pré-determinado. Mas, há cerca de 700 anos os pintores começaram a lutar pela liberdade criativa,   a  lhes emprestar um conteúdo que não se limitasse ao motivo principal, apenas.
 
Na Renascença, a pintura é enriquecida de novo processo técnico – o processo a óleo, mais prático do que os processos conhecidos dos afrescos, têmpera e encáustica. O homem desta época já é um homem moderno, de espírito racionalista e mentalidade científica. Enquanto a ciência da Idade Média era a Teologia, isso é, o estudo e o conhecimento de Deus, a ciência da Renascença era o Humanismo, o estudo e o conhecimento do homem. Esta visão encontra-se documentada pela primeira vez na pintura de Giotto di Bondone.